sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bases

Empostagens anteriores descrevi como provavelmente o ser humano começou a contar, nesta postagem estarei explicando como ele desenvolveu o método de contagem para sistemas mais extensos.

Com o passar do tempo nós evoluímos socialmente, oque tornava necessário um método de contagem mais pratico em relação ao método de marcação em objetos que usávamos anteriormente. Isso foi feito disponibilizando os números em grupos básicos convenientes. O método consistia em escolher uma certa quantidade b como base e atribuir nomes aos números 1,2,3,…,b. Para os números maiores que b os nomes eram basicamente combinações dos números já escolhidos.

Como o método de contagem básica do homem sempre foram os dedos, e possuímos dez dedos nas mãos, não é de se surpreender que o 10 tenha sido geralmente escolhido como o número b da base. Considere-se, por exemplo, a contagem na língua inglesa, tomando-se 10 como base. Há os nomes básicos one (um), two (dois),…, ten (dez) para os números 1,2,…10. Quando se chega ao 11 a palavra usada é eleven, que segundo filólogos ( a galera responsável por descobrir a origem das palavras), deriva de ein lifon, cujo significado é “um acima de dez”. Analogamente, twelve (doze) provém de twe lif(“dois acima de dez”). Depois se tem thirteen (“três e dez”) para 13, fourteen (“quatro e dez”) para 14, até nineteen (“nove e dez”) para dezenove. Chega-se então a twenty(twe-tig, ou “dois dez”) para 20, twenty-one(“dois dez e um”) para 21 e assim por diante. A palavra bundred(cem), segundo parece, deriva originalmente de uma outra que significa “dez vezes”.

Há evidências de que 2,3 e 4 serviram como bases primitivas. Por exemplo, há nativos de Queensland que contam “um, dois, dois e um, dois e dois, muito”.

Há evidências também de que o 12 pode ter sido usado como base em épocas pré-históricas, principalmente em relação a medidas. Essa base base pode ter sido sugerida pelo numero aproximado de lunações em um ano, ou por ele ter tantos divisores. De qualquer maneira, 12 é o número de polegadas em um pé, de onças numa libra antiga, de horas num relógio, de meses em um ano, e as palavras dúzia e grosa indicam unidades de ordem superior.

O sistema vigesimal (base vinte) também foi vastamente utilizado. Esse sistema foi utilizado por índios americanos, sendo mais conhecido pelo bem desenvolvido sistema de numeração maia. As palavras-número francesas quatre-vingt (oitenta) em vez de buitante e quatre-vingt-dix (noventa) em vez de nonante são traços da base 20 dos celtas. Também são considerados traços no gaélico, no dinamarquês e no inglês. Os groenlandeses usam “um homem” para 20 ( provavelmente pelo total de dedos), “ dois homens” para 40 e assim por diante. Em inglês há a palavra score (uma vintena), frequentemente utilizada.

O sistema sexagesimal (base 60) foi usado pelos babilônios, sendo ainda empregado na medida de tempo e de ângulos em minutos e segundos.

Em uma próxima postagem estarei falando dos números Digitais ( não os do relógio, mas os contatos com os dedos) e os números escritos.

 

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Introdução ao estudo de conjuntos

Imaginemos a seguinte situação:

Em uma pesquisa feita com 20 pessoas sobre as marcas A e B tivemos o seguinte resultado:

  • 10 pessoas gostam mais de A
  • 15 pessoas gostam mais de B

Qual o número máximo e o número mínimo de pessoas que gostam das duas marcas?

Para resolvermos problemas desse tipo devemos ter um conhecimento sobre conjuntos.

É impossível fazer um estudo sério de matemática sem entender sobre conjuntos, afinal, ela é a base para toda matemática moderna,pois,todo sistema estrutural da mesma se baseia na linguagem de conjuntos.

Definiremos um conjunto como uma coleção de elementos que gozam de uma determinada propriedade ou que satisfazem uma mesma condição.

Exemplo:

Seja A o conjunto formado pelos elementos que gozam da propriedade de serem inteiros pares ( Divisíveis por 2), e B o conjunto formado pelos inteiros que satisfazem a condição de serem ímpares; temos então:

A = {…,-4,-2,0,2,4,…}            e            B = {…,-3,-1,1,3,…}

Para facilitar a escrita, ao invés de dizer 2 goza da propriedade de ser par ou 1 satisfaz a condição de ser ímpar escrevemos:

2 ∈ A       e       1 ∈ B

onde o símbolo ∈ significa pertence à. Logo, escrevendo 2 ∈ A, estamos dizendo que 2 pertence ao conjunto A.

Para fazermos uma afirmação contrária usamos por exemplo 3 ∉ A, mostrando que 2 não pertence ao conjunto A.

Dentro dos conjuntos existe um em especial que é no mínimo curioso, este conjunto chama-se Conjunto vazio que podemos representar por Ø ou por {  }. Este conjunto é excêntrico pelo fato de não possuir elemento algum, por exemplo:

C é o conjunto formado pelos números Inteiros que gozam da propriedade de serem pares e ímpares ao mesmo tempo.

Obviamente não existe números que tenham essa propriedade, logo C = Ø.

Existe ainda um tipo de conjunto denominado unitário que possui a característica de possuir apenas um elemento.

Exemplo:

D é o conjunto formado pelos números inteiros pares e primos.

Como bem sabemos o único número par e primo é o 2, logo D é unitário pois D = {2}.

Para terminar falaremos sobre a igualdade de dois conjuntos.

Um conjunto se caracteriza pelos elementos que ele possui, e não pela ordem que se encontram dispostos, sendo assim dois conjuntos são ditos iguais se possuem os mesmos elementos, independente da ordem que lhes são apresentados.

Exemplo:

{ 1,2,3,4 } = { 3,1,2,4 }

 

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Bem, é isso, na próxima postagem estarei trazendo um pouco sobre como surgiu o sistema de bases da numeração e também outra sobre conjuntos numéricos. Espero ter ajudado, ou acrescentado algo.

                                                                             Abraços

sábado, 3 de abril de 2010

Utilitários

É comum encontrar neste blog arquivos em formato .pdf para download e também arquivos zipados, para isso lanço mão de dois links para download:

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Por enquanto é só, um abraço a todos e até breve.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Introdução à história da matemática

É difícil saber ao certo onde se começar a relatar a história da matemática, afinal a matemática existe por si só na natureza bem antes da existência do ser humano.

Devemos começar a partir de estudos matemáticos gregos? Ou das tentativas de mensurar espaço dos Egípcios? Ou até mesmo das percepções de espaço e quantidade de alguns animais antes da vinda do homo Sapiens?

Tomaremos como ponto de início os primeiros esforços do homem para sistematizar o conceito de grandezas, formas, quantidades e números.

Logicamente por uma questão de necessidade e adaptabilidade fomos obrigados a desde antes mesmo dos primeiros registros históricos, na verdade existem evidências arqueológicas que por volta de 50,000 anos atrás o homem já possuía uma forma de contagem rudimentar, através de marcas em paredes e pedaços de madeira, com cada risco simbolizando uma unidade.

O homem conseguir contar desde os tempos mais remotos não se torna, de certa forma, surpreendente, afinal, visualmente, tinha-mos uma idéia de mais e menos quantidade quando se acrescentava ou retirava objetos.

Com o tempo se tornou inevitável a contagem, visto que, uma tribo precisaria ter uma forma de contar quantos membros possuía ou o número de seus inimigos. Como já dito anteriormente seus métodos de contagem consistiam de marcas em paredes, pedras e troncos, e também através dos dedos ( abaixava-se um dedo para cada unidade, por exemplo.) ou até dando-se nós em uma corda. Essa maneira de contar chamamos de Princípio de correspondência Biunívoca.

800px-Ishango_bone Osso Ishvango, com mais de 80 000 anos de idade, encontrado às margens do lago Edward, no Zaire, mostrando números entalhados no osso.

A partir daí, provavelmente, o ser humano começou a desenvolver sons vocais para representar quantidades, e , mais tarde ainda, com o desenvolvimento da escrita símbolos para representar esas quantidades. Essa hipótese é baseada em estudos antropológicos em povos primitivos de nossa era.

No início da contagem vocal, usavam-se sons diferentes para diferenciar a contagem de, por exemplo, dois homens e dois cavalos ( por exemplo, em português, par de sapatos, parelha de cavalos e casal de coelhos). A abstração da propriedade comum dois, representada por um som considerado independente de qualquer associação concreta, levou muito tempo para ser desenvolvida. As palavras-número que usamos atualmente, provavelmente se referiam a conjuntos de certos objetos concretos, mas essas ligações, infelizmente se perderam para nós.

       Bibliografia: Introdução à história da Matemática,Autor: Howard Eves, Editora UNICAMP.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Sobre as divisões

Como podem ver, o menu está dividido nas abas Home, História da Matemática, Ensino Médio, Ensino Fundamental e Downloads.

Home: É a página Inicial, todas as postagens estarão aqui, mas pode filtra-las de acordo com o seu interesse com as abas dos menus.

História da Matemática: Nesta parte ficarão as postagens referentes apenas a História e evolução da matemática, encontrarão curiosidades e demonstrações interessantes sobre os teoremas que usamos hoje em dia. Darei preferência por seguir uma ordem cronológica.

Ensino Médio: Aqui teremos explicações e exercícios sobre temas de matemática a níveis de 1°, 2° e 3° séries do ensino médio.

Ensino Fundamental:  Aqui teremos explicações e exercícios sobre temas de matemática a níveis de 5°, 6°, 7° , 8° e 9° anos do ensino Fundamental.

Downloads: Área destinada ao download de programas úteis tanto para matemática quanto para o dia-a-dia.

Dadas as devidas explicações minha próima postagem será sobre a parte de história, e aos poucos adicionaremos as outras partes.

                                                          Abraços