É difícil saber ao certo onde se começar a relatar a história da matemática, afinal a matemática existe por si só na natureza bem antes da existência do ser humano.
Devemos começar a partir de estudos matemáticos gregos? Ou das tentativas de mensurar espaço dos Egípcios? Ou até mesmo das percepções de espaço e quantidade de alguns animais antes da vinda do homo Sapiens?
Tomaremos como ponto de início os primeiros esforços do homem para sistematizar o conceito de grandezas, formas, quantidades e números.
Logicamente por uma questão de necessidade e adaptabilidade fomos obrigados a desde antes mesmo dos primeiros registros históricos, na verdade existem evidências arqueológicas que por volta de 50,000 anos atrás o homem já possuía uma forma de contagem rudimentar, através de marcas em paredes e pedaços de madeira, com cada risco simbolizando uma unidade.
O homem conseguir contar desde os tempos mais remotos não se torna, de certa forma, surpreendente, afinal, visualmente, tinha-mos uma idéia de mais e menos quantidade quando se acrescentava ou retirava objetos.
Com o tempo se tornou inevitável a contagem, visto que, uma tribo precisaria ter uma forma de contar quantos membros possuía ou o número de seus inimigos. Como já dito anteriormente seus métodos de contagem consistiam de marcas em paredes, pedras e troncos, e também através dos dedos ( abaixava-se um dedo para cada unidade, por exemplo.) ou até dando-se nós em uma corda. Essa maneira de contar chamamos de Princípio de correspondência Biunívoca.
Osso Ishvango, com mais de 80 000 anos de idade, encontrado às margens do lago Edward, no Zaire, mostrando números entalhados no osso.
A partir daí, provavelmente, o ser humano começou a desenvolver sons vocais para representar quantidades, e , mais tarde ainda, com o desenvolvimento da escrita símbolos para representar esas quantidades. Essa hipótese é baseada em estudos antropológicos em povos primitivos de nossa era.
No início da contagem vocal, usavam-se sons diferentes para diferenciar a contagem de, por exemplo, dois homens e dois cavalos ( por exemplo, em português, par de sapatos, parelha de cavalos e casal de coelhos). A abstração da propriedade comum dois, representada por um som considerado independente de qualquer associação concreta, levou muito tempo para ser desenvolvida. As palavras-número que usamos atualmente, provavelmente se referiam a conjuntos de certos objetos concretos, mas essas ligações, infelizmente se perderam para nós.
Bibliografia: Introdução à história da Matemática,Autor: Howard Eves, Editora UNICAMP.
0 comentários:
Postar um comentário